5 de fevereiro de 2006

Conselheiros. E adidos

Transmita-se a SEXA missiva de Leonor Telles, amante do Conde de Andeiro. Sugere-se a Secretário-Geral do MNE distribuição pelas chefias. O Conde é poderoso.

Arquive-se.




Muita tinta se tem gasto sobre os “afortunados” dos conselheiros e adidos
técnicos que ganham exactamente os mesmos abonos de representação que as
várias centenas de diplomatas de carreira colocados no estrangeiro.

É no mínimo muito estranho que o Responsável Máximo da Política Externa
Portuguesa, tanto mais sendo quem é, tenha afirmado e permita que se
continue a fazê-lo, que os Conselheiros e Adidos Técnicos têm salários, na
ordem dos 12.000 euros, quando tal releva de absoluta falta de rigor.

Seria apenas justo que se explicasse aos Portugueses que estes "afortunados"
e demais diplomatas de carreira quando colocados no estrangeiro ganham o
vencimento básico de Lisboa, verdade acrescido de milhares de euros como
abono de representação, calculado em função do custo de vida das capitais
onde são colocados. Desses largos milhares de euros pagam entre 30 e 50% de
renda de casa que tem de ser aprovada pelo MNE, o restante é para viverem e
representarem o Estado Português condignamente, tendo que dar conta,
regularmente, da suas actividades e despesas de representação.

Ah, esquecemo-nos de que têm de estar disponíveis 24 horas por dia ou que
muitos vivem em países onde arriscam as suas vidas e as das suas famílias,
ao serviço do MNE...

É verdade são muito bem pagos, mas haja honestidade e não se insinue que
arrecadam mensalmente milhares de euros e que estão a delapidar o erário
público.

É no mínimo insultuoso e de uma injustiça extrema para as dezenas dos que
agora são dispensados e que regressam a Portugal sem trabalho, apos 10, 15,
20 anos de servico.

Explique-se finalmente que indemnização vão receber: 2 salários básicos de
Lisboa por não ter sido respeitado o prazo de 90 dias de notificação e 5
salários como abono de reinstalação (alias tal como os demais diplomatas de
carreira)???

É no mínimo insultuoso e de uma injustiça extrema para as dezenas dos que
agora são dispensados e que regressam a Portugal sem trabalho, apos 10, 15,
20 anos de servico.

Esperamos que os Órgãos de Comunicação Social, em nome da clareza, do rigor
e da imparcialidade dêem as explicações devidas aos Portugueses.

LTelles

3 comentários:

Anónimo disse...

Devereis proceder, meu Conde e Oficial das Justiças deste Reyno,aos autos de averiguaçoems e observardes se os meus enviados aos Reynos deste mundo procedem todos a meu serviço e, pois, teem uma tença justa e por igual e se o enviado ao Reyno dos francos e que, pelo dom da ubicuidade se encontrava a serviço de Vossa Mercê neste meu burgo de Lisboa, recebia tença pela capital dos francos ou por estes Reynos vencida?

Anónimo disse...

Andeiro, posto que vos ordem dei de averiguardes todalas justiças de meu Reyno, com lealdade e prudente sabedoria me informade se vero é teu sentencioso dito de que todolos meus enviados a todolos Reynos percebiam tenças 12.000 reais e se tal não não é vero,
sentenciarei como falsas tuas palavras insidiosas.Como justificareis tais injúrias?

Anónimo disse...

Toda esta lamentável história da dispensa dos Conselheiros e adidos se amelha a sopa estragada servida aos comensais, cujo evidente travo a azedo é sobrançeiramente justificado pelo "chef" como a demonstraçâo de que iguaria fina se trata. Calai-vos pois ó pategos que nunca vos sentastes em mesa fina....
Ou, como diria Alphonse Karr, plus ça change, puis c'est la même chose...

Um Adido