26 de janeiro de 2006

Angola. Caso Ismael Mateus

Reacção do Embaixador de Portugal em Luanda, a uma carta aberta de Ismael Mateus (jornalista a quem, foi recusado um visto de entrada em Portugal)

Arquive-se


Exmo senhor
Luís Fernando
Director do Jornal de Angola

Apesar de ela não me ser dirigida, tomo a liberdade de redigir à carta aberta que o Ismael Mateus publicou na vossa edição de ontem. Uma nota prévia: o Ismael Mateus sempre foi, é e sempre será muito bem vindo a Portugal. Sei que ele fez parte importante dos seus estudos em Coimbra e temos orgulho no facto da Universidade portuguesa ter podido contribuir para a formação de um dos mais prestigiados jornalistas angolanos, que é também uma das mentes mais lúcidas da sua geração. Mais não fosse por isso, as nossas portas estar-lhe-iam sempre abertas.Alguma coisa se passou com o processamento do seu pedido de visto. Vamos esclarecer o que foi, informar o Ismael Mateus e evitar que se repita. As melhorias que o Prof. Freitas do Amaral anunciou que iriam ser introduzidas no Consulado-Geral em Luanda já começaram e continuarão a ser executadas. O Cônsul-geral está empenhado nessa tarefa que já está a dar resultados positivos. Poderão vir a surgir percalços e peripécias que gostaríamos que não acontecessem. Mas o nosso objectivo é o de melhorar o funcionamento do Consulado-Geral e tomo por isso a carta aberta do Ismael Mateus como uma chamada de atenção cortês e amigável – mesmo se magoada – para nos incentivar a fazer melhor.

Com os melhores cumprimentos

Francisco Xavier Esteves

4 comentários:

Anónimo disse...

Xavier Esteves surpreendeu todos no último 10 de Junho. Em vez da História e papel de Portugal agradeceu ao BES e ao BFA por terem pago a recepção. Ao que chegamos. Surpreendeu todos por não comprar carro para a embaixatriz mas tomar de empréstimos um carro da Cooperação, ou outros dois estão também ao serviço pessoal da Conselheira. Surpreendeu porque quando missões da Cooperação vão a Luanda o estado Português paga hoteis a mais de USD 200 e ele não abre mão dos apartamentos que a Embaixada tem para a Cooperação. Surpreende porque deixa a Conselheira da Cooperação gerir o lugar como se sua casa fosse. Surpreendeu por não ter a menor credibilidade na Comunidade Portuguesa. Surpreende por não se saber que interesses defende. Portugal merece bem melhor.

Anónimo disse...

Não pensem que só a Cooperação está em causa. Meninos, o Senhor Embaixador não consulta ninguém fora do circulo bajulador. Os diplomatas experientes e com provas dadas estão à margem das doutas decisões. Vocês falaram num assessor de Imprensa...qual quê, então com a verve de Xavier um dia destes até podemos fazer uma antologia com dois capitulos: o da asneira e o da subserviência. Uma subserviência que diverte os angolanos. Para não falarmos na falta de solidariedade institucional do Senhor Embaixador, que é gritante. Ou será que o Governo português dá instruções para que a solidariedade institucional seja eliminada do código de conduta? Quanto ao dia de Portugal 2005, ainda há muito para dizer. Convidados portugueses eram poucos e os que estavam eram representantes da banca e das grandes empresas. Ao Zé Povinho que em Angola ganha a sua vida honestamente falou o Rafael Bordalo Pinheiro. Se o Senhor Embaixador decidir usar a vossa oferta para desmentir e/ou responder, há mais...E o que há em vesperas da socratiana visita...Só para rematar, os portugueses que param por Luanda fazem volta não volta umas fatustadas para matarem saudades. Comparecem sempre imensos angolanos e ainda mais portugueses - com uma ausência constante: a de Xavier Esteves. Por agora é tudo.
O mesmo anónimo tem a pena leve e pode voltar à escrita.

Anónimo disse...

O homem! Utilize a pena e escreva o que sabe sobre a sala de aulas os alunos e o professor!

Anónimo disse...

Se estivesse em Luanda, como o meu caro correspondente parece estar, se tivesse conhecimento e provas, escrevia. Assim devolvo-lhe o desafio. Pelo seu comentário existe algo reprovavel. Partilhe o que sabe, em nome daquilo que pretendemos seja um país transparente, de direito e digno.