22 de março de 2006

Cabinda. Presidente da Mpalabanda perde emprego por motivos políticos

Transmite-se cópia de mensagem recebida de Cabinda, eventualmente para apreciação do responsável dos assuntos dos direitos humanos nas Necessidades, se é que estes assuntos ainda são apreciados.

Arquive-se.



Mensagem:

«Concretizou-se aquilo que vem sendo um receio de represálias contra membros da Mpalabanda - Associação Cívica de Cabinda (MACC), por parte do regime angolano: o Engenheiro Agostinho Chicaia, Presidente da MACC, foi exonerado das funções que vinha desempenhando na Direcção Provincial da Agricultura, em Cabinda.

«O despacho de exoneração, assinado pelo próprio Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gilberto Buta Lutukuta, no dia 20 de Fevereiro de 2006, foi enviado ao Governador de Cabinda, Aníbal Rocha a 9 de Março. Este resolveu fazer um ofício em que dá a conhecer o facto ao visado mas, facto estranho, com conhecimento ao SINFO (serviços secretos), ao Comando da Segunda Região Militar (Cabinda), ao Comando Provincial da Polícia Nacional, à Direcção Provincial de Investigação Criminal e à Direcção Provincial da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Pescas e Ambiente. O próprio Engenheiro Chicaia viria a ser verbalmente informado do facto apenas no dia 16 de Março, pelo seu chefe directo, o Sr. Alector, Director Provincial da Agricultura. No dia seguinte, 17 de Março, o Presidente da Mpalabanda tomou conhecimento oficial do facto de que tinha perdido o seu emprego.

Apesar de, no documento, evocarem motivos de ordem profissional, desde há muito que múltiplas pressões vinham sendo feitas para que o Eng° Chicaia fosse exonerado, além de, algumas vezes, terem-lhe sido feitas propostas de "uma vida melhor", bem à moda do MPLA, que quer corromper tudo e todos. Na base de tudo disso, o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos em Cabinda e com a luta pacífica para que se chegue a uma soluçãoa negociada para o conflito que ainda hoje devasta aquele território.

«Recorde-se que, até agora, as casas de muitos dos responsáveis da MACC continuam a ser vigiadas por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, num gesto claro de intimidação, ao mesmo tempo que prosseguem as perseguições, as prisões arbitrárias e os assassinatos.

«Face a todas estas manobras daqueles que teimam na política caduca de resolver os problemas no cano da Kalachnikov, a Mpalabanda responde de forma serena e tranquila: vamos continuar, com as nossas vozes, a reivindicar um pouco de paz, tranquilidade, harmonia, amor, dizendo um vigoroso "NÃO" à dominação, à política da força, do chicote, da baioneta e dos tiros.

«Em nome da verdade dos factos que ocorrem quotidianamente em Cabinda, nossa terra, vamos continuar a falar, e o nosso irmão Agostinho Chicaia, a quem o regime atirou para as ruelas do desemprego, não vai morrer de fome.

«Servirá mais esta acção para mostrar a resposta que recebemos do regime de Luanda à nossa oferta de diálogo.

7 comentários:

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do mapa do território de Cabinda.Onde estão as "Fronteiras comuns que fazem dela segundo a óptica dos angolanos um

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do mapa do território de Cabinda.Onde estão as "Fronteiras comuns que fazem dela segundo a óptica dos angolanos um

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do território de Cabinda.Onde estão as "fronteiras comuns" que fazem dela segundo a óptica dos angolanos uma outra província.Se os angolanos fazem tanta questão em evidenciar a revolta da Rainha Ging

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do território de Cabinda.Onde estão as "fronteiras comuns" que fazem dela segundo a óptica dos angolanos uma outra província.Se os angolanos fazem tanta questão em evidenciar a revolta da Rainha Ging

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do território de Cabinda.Onde estão as "fronteiras comuns" que fazem dela segundo a óptica dos angolanos uma outra província.Se os angolanos fazem tanta questão em evidenciar a revolta da Rainha Ging

Anónimo disse...

Cabinda não é Angola.Basta ver a configuração do território de Cabinda.Onde estão as "fronteiras comuns" que fazem dela segundo a óptica dos angolanos uma outra província.Se os angolanos fazem tanta questão em evidenciar a revolta da Rainha Ging

Anónimo disse...

desculpem lá o toque errado nas teclas.

Rainha Ginga porque não admitem as reinvidicações dos Cabindas apoiados no Tratado do Simulanbuko? Quem tem coragem de negar tal facto, tal direito.
Oxalá dirigentes angolanos reconsiderem e readmitam o Engenheiro Chicaia e o honorem por ser um digno defensor dos direitos da sua terra.