25 de setembro de 2004

A galhofa de Toronto. A versão de Arlete Antunes.

Transmite-se a nota oficial ou oficiosa da funcionária do Consulado-Geral em Toronto, Maria Arlete Antunes, sobre o caso que envolveu o diplomata Artur Magalhães. Cópias para o diplomata Artur Magalhães e para o Embaixador em Otava, Silveira de Carvalho que, segundo Arlete Antunes, «nem sempre faz». A nota de Arlete Antunes, citada no âmbito de uma invocada gentileza de Fernando Cruz Gomes, foi divulgada pelo fórum PortugalClub dirigido pelo nosso Embaixador honorário Casimiro Rodrigues que faz mais num segundo pelo diálogo entre portugueses do que outros em quatro anos de consulado-geral em consulado-geral.

Arquive-se.

Não fora o facto de NOTAS VERBAIS serem de índole galhofeira, acabaria por ficar muito triste e mesmo revoltada com este chorrilho de disparates. Os funcionários do Consulado-Geral de Portugal – tanto quanto eu sei e, de uma forma geral, todos sabem, designadamente o sr. Carlos Albino - são, de uma forma geral, gente ordeira, cumpridora, sem necessidade de se porem em bicos de pés. Portanto, a nota de... NOTAS VERBAIS dá quase para ignorar.

O Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Dr. Artur Monteiro de Magalhães, não incitou ninguém à revolta. Deu a sua versão dos acontecimentos. E deu, sobretudo, a indicação de que não foi ouvido nem lhe foi apresentada nenhuma nota de culpa. E isso em qualquer país democrático - no Canadá como em Portugal – NÃO PODE SER. A informação dada vem na linha de diálogo que o Dr. Monteiro de Magalhães sempre imprimiu entre os seus colaboradores.

Se as Notas Verbais – através do seu informador de índole “pidesca” de triste memória, infiltrado entre nós e sem escrúpulos... - tivessem razão, deveria o Cônsul-Geral ser chamado a depôr, com testemunhas e advogados de defesa; deveria o Embaixador defender o caso, para que a comunidade saiba que tem um Embaixador à altura das circunstâncias; deveria, em suma, fazer-se um processo como manda a Justiça. E aí, se ele fosse condenado... eu seria, decerto, a primeira a juntar a minha voz aos que criticam o (des)governo de Lisboa, em frase que até nos parece de índole político-partidária...

Notas Verbais e os seus informadores erraram o alvo. O que é pena, porque, às vezes, até dizem coisas de certo interesse. Há, de facto, uma certa “turbulência” na comunidade mas por que o Cônsul estava a trabalhar activamente na solução dos muitos problemas que por cá havia (e há), estava a tentar fazer a ponte entre as diversas tendências comunitárias, estava, em suma, a fazer o trabalho que um Cônsul deve fazer. Sobretudo, quando, nem sempre, o Embaixador o faz.

Acho que esta nota deve ser considerada de repúdio.

Maria Arlete Antunes

Funcionária do Consulado-Geral de Portugal em Toronto

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