Não admira que façam greve.
Arquive-se.
«Embaixada de Portugal na Coreia do Sul
«Trabalhadores em greve
«Os trabalhadores da Embaixada portuguesa em Seul, capital da Coreia do Sul, cestão em greve em luta por uma actualização salarial que não ocorre desde há 4 anos.
«Estes trabalhadores pertencentes ao quadro de contratação dos serviços externos do MNE, esgotaram a sua paciência face à insensibilidade do Ministério e do Governo português que os mantêm com baixos salários (a maioria aufere menos de 800 euros!) numa cidade que tem um dos mais altos índices de custo de vida do mundo.
«Desde a chanceler e o pessoal administrativo até aos auxiliares da residência, passando pelo motorista, todos aderiram à greve, que já afectou mesmo a recepção oferecida por ocasião do Dia Nacional de Portugal (10 de Junho). O embaixador Carlos Frota manteve a realização dessa recepção mas teve de recorrer a serviços de catering externos para receber os convidados.
«Esta situação de falta de actualizações salariais é comum à generalidade do pessoal contratado nos serviços externos do MNE (só atenuada para o pessoal vinculado que teve uma actualização correspondente a 2001) pelo que o descontentamento alastra também aos postos consulares e missões diplomáticas de Portugal noutros países. Atingiu o ponto de rotura na Coreia, dada a impossibilidade de trabalhadores administrativos (ou outros) subsistirem dignamente com um salário a rondar os 750 euros e até menos numa cidade com custo de vida elevadíssimo.
«Este primeiro período de greve prolonga-se até ao final desta semana e, dada a ausência de sensibilidade do Ministério, no caso de não haver evolução no início da próxima semana, os trabalhadores estão dispostos a mais três dias de greve nos dias 16, 17 e 18 de Junho.»
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