4 de novembro de 2003

O próximo Secretário-Geral do MNE

Arquive-se.

Remetente: francamentenogueira. Mail identificado.

«O PRÓXIMO SECRETÁRIO-GERAL

Teresa Gouveia parece apostada em substituir Rocha Páris do lugar de Secretário-Geral. Com a saída de Ribeiro de Menezes da Santa Sé, em Agosto de 2004, o momento parece o mais adequado, tanto mais que Páris está muito ligado à imagem e acção de Martins da Cruz, cuja memória perdura no MNE com conotação muito negativa.

Tendo em atenção o ambiente de restrições financeiras que se vive nas Necessidades, que conduz a que frequentemente se não cumpra a lei no tocante aos tempos de transferências e colocações, as dificuldades são imensas para encontrar alguém de grande qualidade que aceite o peso do lugar.

Não sendo obrigatório que o Secretário-Geral seja um embaixador no activo, isto é, com menos de 65 anos (idade limite para a prestação de serviço no estrangeiro), a prática recente aponta, no entanto, neste sentido.

Porém, se acaso embaixadores com mais de 65 anos integrarem a lista de potenciais candidatos a Secretário-Geral, os nomes de Paulouro das Neves (actualmente assessor de Jorge Sampaio) ou de Gregório Faria (recém-saído de Londres) seriam hipóteses bem aceites na Casa. Mas nada indica que qualquer deles esteja disponível para tão ingrata tarefa.

Entre os diplomatas no activo, os nomes mais falados nos corredores do “3º andar” são António Monteiro (Paris) e Pedro Catarino (Washington). Trata-se de diplomatas prestigiados, próximos do PSD e, em especial no primeiro caso, com todas as condições para reunir grande consenso no MNE.

Não fosse a circunstância de terem sido colocados recentemente, nomes como Fernando Andresen (novo embaixador em Londres) e Manuel Fernandes Pereira (novo director-geral de Política Externa) teriam também todas as condições para ocupar o cargo.

Independentemente de também terem categoria hierárquica e qualificação profissional para poderem ocupar o lugar, parecem excluídos, por demasiado conotados com os socialistas, nomes como Vasco Valente (Roma), Fernando Neves (Dublin), Seixas da Costa (OSCE), António Franco (Brasília) ou Nunes Barata (Moscovo).»

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