VEXA garantiu que SEXA não quer perder uma única Carta do Canadá, de Fernanda Leitão. Então leia e não perca. Cópia para gabinete PM.
Arquive-se.
CARTA DO CANADÁ
Fernanda Leitão
O GRANDE REGABOFE
As comunidades portuguesas no estrangeiro sentem revolta, mágoa e vergonha, sempre que Portugal é apontado como um paraíso de corrupção e um triste exemplo de (absoluta) falta de respeito pelas instituições e valores nacionais de sempre. Em boa verdade, o natural prazer que sentimos ao ver programas de qualidade através da RTP é, muitas vezes, ensombrado pelo que os noticiários nos deixam saber.
A falta de respeito das pessoas pelas instituições, e destas pelo povo que as sustenta, dói de verdade. Porque sim e porque o respeito recíproco está na base de uma democracia saudável. Pensar e praticar o contrário é, justamente, igualar bandalheira à democracia, o que é injusto e perigoso.
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Prossigamos. Ficou claro para os emigrantes que o corte no orçamento da Região Autónoma da Madeira se devia a um despesismo injustificado do mesmo, prática pelo menos tão antiga como as ameaças e insultos do responsável maior pela governação do território. Um dia essa prática tinha de acabar. Acabou, e muito bem, embora vários jornais protestem o contrário, sem que ninguém os leve a sério, pois é sempre ridículo defender interesses subterrâneos e bastardos.
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Eu não alinho na crítica pela crítica ao trabalho do actual Primeiro Ministro. Tanto se me dá que ele seja socialista como outra coisa qualquer, porque ando há 32 anos a ver os golpes de rins e as tratantadas de TODOS os partidos. Penso que Sócrates tinha de tomar as medidas que tem tomado, que só pecam por tardias (e os anteriores governos que se limpem a este guardanapo). Penso, também, que é prova de patriotismo deixar que os eleitos governem sem rasteiras, punhaladas pelas costas, manifestações avulsas por todo o lado (tresandando a uns saudosistas do tempo em que o Muro de Berlim estava inteiro).
Em contrapartida, espero do Primeiro Ministro, não apenas que leve as reformas a bom porto, mas também que corte a direito nas questões orçamentais referentes às Regiões Autónomas e Autarquias. Sem excepções nem fraquezas partidárias. É o que, finalmente, desejam todos os emigrantes portugueses.
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