O Dia do Exército brasileiro (19 de Abril)
tem a ver com um pormenor também da história portuguesa:
a batalha dos Guarapes, em 1648,
sob o comando de João Fernandes Vieira,
contra os holandeses e que culminou
com capitulação das tropas inimigas
e o fim das invasões holandesas no Brasil.
Arquive-se
tem a ver com um pormenor também da história portuguesa:
a batalha dos Guarapes, em 1648,
sob o comando de João Fernandes Vieira,
contra os holandeses e que culminou
com capitulação das tropas inimigas
e o fim das invasões holandesas no Brasil.
Arquive-se
Dia do Exército brasileiro
já sem c's antes dos t's
Helena Daltro Pontual Agência Senado
O Senado fará sessão especial, nesta quinta-feira (17), às 10h, para homenagear o Dia do Exército Brasileiro, comemorado em 19 de abril - a data é uma referência à Batalha dos Guararapes, travada entre tropas holandesas e revolucionários luso-brasileiros em Pernambuco. O requerimento solicitando a realização da sessão é de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP).
Tuma destacou, no requerimento, que a Batalha dos Guararapes, ocorrida em 19 de abril de 1648 e 19 de fevereiro de 1649, foi uma luta vitoriosa, na qual houve não somente "homens reunidos em torno de um ideal de libertação", mas a formação das bases do Exército nacional. Por esse motivo, complementou o senador, comemora-se em 19 de abril o Dia do Exército.
As batalhas foram vencidas pelos luso-brasileiros sob o comando de João Fernandes Vieira - senhor de engenho de origem portuguesa -, e destacam-se como episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, que culminou com o término das invasões holandesas do Brasil, no século 17. A assinatura da capitulação deu-se em 1654, no Recife, de onde partiram os últimos navios holandeses em direção à Europa. Essas lutas foram travadas no Monte Guararapes, localizado ao sul de Recife, no povoado de Prazeres, atualmente um bairro do município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana da capital pernambucana.
A história do Exército começou em 1548, quando D. João III resolveu criar um governo-geral com sede na Bahia. As primeiras intervenções de vulto ocorridas foram a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, no século do descobrimento, e do Maranhão, em 1615. Depois da Batalha dos Guararapes, já no século 18, o Exército atuou nas fronteiras, principalmente no sul do país, com freqüentes choques entre luso-brasileiros e hispano-latinos, além de ter enfrentado rebeliões de índios e negros.
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão e a fuga da corte para o Brasil, foi instaurada em dezembro de 1810 a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro. Houve um período posterior de construção de indústrias de armas e fábricas de pólvora, com a organização e modernização da estrutura militar. O Exército foi reorganizado em 1831 e logo depois foi criada a Guarda Nacional. No período imperial, o Exército contava com 16.834 oficiais e praças, espalhados pelas províncias. Posteriormente, Duque de Caxias - patrono do Exército - reorganizou a instituição de forma mais eficiente.
Após a Proclamação da República, em 1890, o ensino militar no país foi reformado sob a inspiração de ideais positivistas dos líderes republicanos e houve novo impulso à reforma da estrutura militar, em 1906, movimento que continuou até depois de 1930. O Exército atuou ainda no período da Segunda Guerra Mundial, enviando militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para a Itália, após o alinhamento do Brasil com os Estados Unidos.
Durante o período dos governos militares iniciado em 1964, o Exército participou de operações de repressão a movimentos de oposição ao regime militar. Com a abertura política, o Exército e as demais Forças Armadas afastaram-se do núcleo político brasileiro.
Missões
Com o novo cenário internacional, o Exército passou a atuar em diversas missões de paz patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), tais como as que foram realizadas em Angola, Moçambique e Timor-Leste, além de enviar observadores militares para várias regiões em conflito. Em 2004, o Exército passou a comandar as forças de paz que se encontram no Haiti.
É constante e crescente também a atuação do Exército na Amazônia, que conta com cerca de 25 mil militares nas áreas de fronteira. Segundo informações do general de Exército Alcedir Pereira Lopes, ex-comandante militar da Amazônia, o efetivo total do Exército é, atualmente, de 205 mil, incluindo os atiradores de tiro de guerra, que não são considerados soldados. Com a Marinha e a Aeronáutica, as Forças Armadas somam 300 mil pessoas, acrescentou.
Uma pesquisa realizada pela CNT/Sensus, em parceria com a Revista Veja, divulgada em novembro de 2007, constatou que 63,3% da população das cinco regiões do país considera o efetivo do Exército abaixo do que seria adequado. Outros 32,3% julgaram o efetivo adequado e somente 3,1% dos entrevistados opinaram que o efetivo está acima do necessário.